segunda-feira, 28 de março de 2011

Semana Mundial da água



 Agricultores/as lotam as ruas de Picuí

Caminhada pelas ruas de Picuí
Uma multidão de aproximadamente mil agricultores/as familiares vindas de várias cidades do Curimataú e Seridó da Paraíba participou neste sábado dia 26 de março de uma caminhada pelas principais ruas de Picuí em um ato celebrativo ao dia mundial da água sob o tema: ÁGUA, LIBERDADE E CIDADANIA NO CURIMATÁU PARAIBANO, promovido pelo Coletivo da Articulação do Semiárido (ASA) e o Centro de Educação e Organização Popular – CEOP.

 O vereador Olivânio destacou em seu pronunciamento, as conquistas na execução de políticas públicas voltadas a convivência com o semiárido, dentre elas o PROGRAMA UM MILHÃO DE CISTERNAS E O PROGRAMA UMA TERRA E DUAS ÁGUAS, lembrou que para tudo isso acontecer, foi preciso muita organização da sociedade civil e a vontade política do governo Lula.

Visita ao leito do Rio Picuí

Enfatizou também a ausência de políticas públicas direcionadas ao tratamento das águas dos mananciais com destaque ao Rio Picuí e o reservatório de Várzea Grande (abastece a área urbana de Picuí e Frei Martinho), que recebem 100% do esgoto doméstico, hospitalar e residencial da Cidade, além de toda carga de agrotóxico utilizado nos plantios de tomates e de outros monocultivos.

Vereador Olivânio


Além da caminhada, foi realizada uma visita ao Rio Picuí, e de forma simbólica foi denunciado às agressões as fontes hídricas. 

 O evento culminou com a aprovação de uma carta política na qual é destacada a inquietude com a situação na qual se encontram os mananciais e córregos, que deviam ajudar a amenizar a sede e os problemas que se alastra em decorrência da escassez de água com boa qualidade.




 

 Pontos focados na carta política
  • Política de abastecimento da água, não contempla o gerenciamento e o tratamento correto;
  • Poluição e contaminação dos mananciais;
  • Construções desordenadas as margens dos rios;
  • Processo de desmatamento que provoca a desertificação e diminuição das águas subterrâneas e assoreamento dos rios;
  •  Uso de agrotóxicos nas monoculturas agrícolas; exemplo tomates, bananas, fumo e maracujá;
  • Rejeitos minerais jogados nos córregos e cacimbas provenientes das empresas mineradoras na nossa região
  • Privatização das fontes de águas;
  • Contaminação das águas pelo lixo urbano;
  • Falta de adutoras para descentralização e distribuição da água;
  • Educação descontextualizada com a nossa realidade
  • Obras hídricas inacabadas;

Pontos evidenciados como positivos:

  • Capacitações sobre gerenciamento de recursos hídricos;
  • Intercâmbio de conhecimentos e práticas agroecológicas entre agricultores e agricultoras;
  • Capacitação em gestão e manejo da água para produção de alimentos;
  • Formação para mulheres;
  • Formação para pedreiros e pedreiras sobre tecnologias adaptadas ao semiárido e confecção de bombas manuais;
  • Valorização da agricultura Familiar agroecológica;
  •  Provocações sobre as mudanças de comportamento ambiental em espaços comunitários;
  • Identificação e melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais;
  • Melhoria de vidas das famílias rurais;
  • Empoderamento das mulheres;
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Dados das ações da ASA no Curimataú

  • Conta com aproximadamente: 9.180 famílias beneficiadas diretamente, atendendo em média 45.900 pessoas em 20 municípios da região do Curimataú;
  • São 8.700 cisternas de água para beber, 06 bombas populares, 50 barragens subterrâneas, 10 tanques de pedras, 80 cisternas calçadão;
  • São 143 milhões e 360 mil litros de água armazenada, isso é equivalente a 14 mil 336 carros pipas, gerando uma economia em reais de um Milhão 433 mil e 600 reais.

   


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